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Notícias IF Farroupilha

Evento integrado de ensino discute a formação de professores

Publicado em Terça, 06 de Junho de 2017, 14h48 | por Secretaria de Comunicação | Voltar à página anterior

Nos dias 6 e 7 de junho, o IFFar promove o IV Seminário de Licenciatura, o III Congresso Institucional do Pibid, o III Seminário Institucional de Diversidade e Inclusão, o III Encontro de Professores do Proeja e o III Encontro de Gestores de Educação a Distância em Santa Maria.

Anexos:

 

O tema central do evento é a formação de professores no IF Farroupilha, com uma discussão focada para diálogos, desafios e perspectivas. Na programação, constam palestras, mesas de debate, oficinas, minicursos, relatos de experiência e socialização de trabalhos. O evento está sendo transmitido pela WebTV do IFFar e pode ser acompanhado ao vivo.

Hoje (06), na abertura do evento, estiveram presentes o Pró-reitor de Ensino, Édison Brito, a Diretora Geral de Ensino, Joze Andrade Toniollo, a Pró-reitora de Desenvolvimento Institucional, Nídia Heringer, e a Pró-reitora de Administração substituta, Denize Sott.

O evento contou inicialmente com uma apresentação artística realizada pelo aluno do Mestrado em Educação Profissional e Tecnológica, ofertado pelo CTISM em parceria com o IFFar, Paulo Machado. Paulo reforçou a necessidade de se ter em mente o verbo “esperançar”, trazido por Paulo Freire, quando se trabalha com educação, uma atividade que exige ter fé no futuro.

O professor Édison Britto, representando a Reitora na mesa de abertura, destacou que um evento dessa magnitude, que traz diferentes perspectivas de forma integrada, não pode ser entendido de forma linear, mas exige uma visão complexa. “O conceito formação é o eixo interpretativo para entender esse evento integrado”. Édison destacou a importância da criação dos IFs como uma das primeiras políticas reais voltadas à formação de docentes no país: “Isso revela a abstenção do Estado durante muitos anos na participação desse processo de formação docente”, critica. O professor pontuou os princípios que norteiam a política do IFFar: a formação e a inclusão. “Nossa política busca a inclusão da diversidade, ou seja, a inclusão das minorias que estiveram historicamente afastadas e não raramente culpabilizadas pela sua condição”.

 

Conferência de abertura debate políticas educacionais na atualidade

A conferência de abertura foi ministrada pela professora Íria Brzezinski (PUC Goiás) e teve como tema “Políticas Educacionais: Diretrizes Curriculares de Formação de Profissionais do Magistério e a Base Nacional Comum Curricular”. A professora Íria iniciou sua fala destacando a criação dos IFs em 2008 como um marco na formação de professores.

Além disso, ela criticou a FALTA DE VALORIZAÇÃO dos professores na sociedade brasileira. “É preciso formar e valorizá-los social e economicamente e, a partir de 2008, isso passou a acontecer com a expansão da formação docente nos Institutos Federais”.

Para Íria, vivemos mundialmente em um cenário de desagregação, em uma crise do capitalismo que entende a educação como mercadoria. “Na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), a EDUCAÇÃO aparece COMO MERCADORIA e não como formação de pessoas”. A professora destaca que o trabalho docente universitário é uma atividade complexa que compreende “a atividade de ensino que repousa no já conhecido, a pesquisa que dirige ao ainda não conhecido e a socialização do conhecimento reveladora da função extensionista”.

Uma das tarefas principais do professor é fazer a INTERDISCIPLINARIDADE com a disciplina do outro. “Para isso, é preciso dominar fortemente a área em que o professor atua para então saber como interagir com as demais”, pontua.

Segundo a palestrante, vivemos intensos MOVIMENTOS DE RUPTURA, seja na política, na economia ou nas relações sociais. “Atualmente, a grande parte das políticas educacionais é baseada nos valores capitalistas da ética descartável, do instantâneo, da capacitação voraz e flexível, dos valores voláteis. É um modo de pensar dominado por horizontes a curto prazo, deformado pelo raciocínio sem reflexão”, reforça. Para a professora, nossas políticas são apressadas, marcadas pela responsabilização pelos resultados, legitimadas pela meritocracia e pela privatização.

“Vivemos em uma CRISE EDUCACIONAL: falta organicidade e articulação na elaboração de políticas públicas para a formação de professores no Brasil”, conclui a professora ao mencionar os planos e programas dispersos criados pelo governo em relação à área da educação.

Para Íria, existem, portanto, dois projetos em disputa no país: o da mercadoria e o da humanização. “Para termos, de fato, uma EDUCAÇÃO VOLTADA PARA A HUMANIZAÇÃO precisamos pensar em núcleos e não em disciplinas”. Nesse sentido, a professora faz uma crítica à reforma do Ensino Médio, proposta pelo governo federal: “O ser humano foi destituído, toda a sua subjetividade e formação humana foram desconsideradas”.

Por fim, pensando em perspectivas futuras, a professora não perde o otimismo: “São os homens que abrem e fecham os circuitos da história. Eles não se fecham sozinhos, muito menos para sempre”. A perspectiva apontada pela professora é a da MOBILIZAÇÃO dos educadores brasileiros: “Precisamos mostrar que não concordamos, que não queremos o que está sendo posto”. 

 

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