Pacto RS 25 reúne lideranças e propõe reflexões para um futuro sustentável no RS

^{Evento reuniu representantes da Região Funcional 8}

Das 8h30 às 13h, lideranças políticas, empresariais, acadêmicas e comunitárias discutiram propostas para um crescimento econômico aliado à preservação ambiental e à redução das desigualdades. A abertura contou com apresentação da cantora Paola Matos, que interpretou clássicos da MPB e composições próprias.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Pepe Vargas, apresentou “Pacto RS 25 - O crescimento sustentável é agora”, defendendo novos paradigmas para a reconstrução do Estado após os desastres climáticos recentes.

O Instituto Federal Farroupilha esteve representado pelo pró-reitor de Desenvolvimento Institucional e reitor substituto, professor Carlos Rodrigo Lehn, e pelo pró-reitor de Extensão, professor Getulio Jorge Stefanello Júnior. Também participaram o professor Rogério Luis Reolon Anése e a professora Simone Bochi Dorneles, do IFFar – Campus São Vicente do Sul e servidores do IFFar, engenheira civil na Reitoria, Janaína Saydelles Volpatto e membros da equipe de comunicação. 

^{Professor Carlos Rodrigo Lehn, pró-reitor de desenvolvimento Institucional e reitor substituto, e professor Getulio Jorge Stefanello Júnior, pró-reitor de extensão no Seminário Regional.}

Para o professor Carlos Rodrigo Lehn, a participação no Pacto RS 25 reforça compromissos institucionais já presentes no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do IFFar. “O Pacto RS 25 é uma iniciativa voltada para a construção de um novo modelo de desenvolvimento sustentável para o estado, equilibrando desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Nosso PDI possui um capítulo inteiro destinado à Sustentabilidade Ambiental, o que, em consonância com o Pacto RS 25, reforça o nosso compromisso de que, por meio da preservação do ambiente, promoveremos a melhoria da qualidade de vida para as presentes e futuras gerações”, afirmou.

O pró-reitor destacou ainda que o envolvimento da comunidade acadêmica será essencial nesse processo. “Em se tratando de uma proposta que tem como pilar a construção coletiva para a definição de diretrizes para o novo modelo de desenvolvimento sustentável, vamos ampliar a discussão em nossas unidades, com a nossa comunidade, buscando fortalecer a submissão de propostas que caminhem para atender plenamente tanto os objetivos do Pacto RS 25 quanto a dimensão que trata da Sustentabilidade Ambiental em nosso PDI”.

^{Professor Anése durante manisfestação no evento.}

O professor Rogério Luis Reolon Anése ressaltou que o desenvolvimento sustentável não pode ser reduzido apenas à dimensão ambiental. “Esse é um dos pilares, mas é preciso também conciliar a geração de renda e o respeito às culturas locais”, disse.

Segundo o docente, o Fórum tem papel estratégico ao ampliar o debate sobre a participação da sociedade na definição de políticas públicas e na construção de propostas para enfrentar problemas climáticos, sociais e econômicos. “O IFFar, presente em diferentes regiões e áreas de conhecimento, pode contribuir com projetos de pesquisa e extensão articulados aos Arranjos Produtivos Locais, como prevê a lei de criação dos institutos. Além disso, pode servir como espaço de diálogo e participação da comunidade, promovendo seminários e fóruns que fortaleçam esse processo coletivo”, completou.

Especialistas apontam caminhos para reconstrução e desenvolvimento sustentável

As conferências do seminário foram mediadas pela jornalista Rosane de Oliveira e reuniram especialistas e pesquisadores para debater estratégias que unam reconstrução, desenvolvimento econômico e preservação ambiental.

A professora Ana Rovedder, do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Recuperação de Áreas Degradadas, destacou o potencial da restauração ecológica e produtiva para impulsionar o desenvolvimento regional e fortalecer a resiliência climática. O professor Daniel Arruda Coronel, do Departamento de Economia e Relações Internacionais da UFSM, defendeu a necessidade de unir crescimento econômico e sustentabilidade.

A logística como elemento de integração regional foi apresentada por Evandro Behr, superintendente da Agência de Desenvolvimento de Santa Maria, que detalhou o projeto “Hub Titan”. A economia popular foi abordada por José Carlos Peranconi, coordenador do Projeto Esperança (CooEsperança), e pelo engenheiro agrônomo e extensionista da Emater, Cláudio Cunha, que destacaram a importância da produção local e das redes de cooperação. Encerrando o ciclo de falas, Cláudia Maria Prudêncio de Mera, doutora em Desenvolvimento Rural pela UFRGS e professora da Unicruz, projetou cenários e oportunidades para um desenvolvimento regional sustentado e duradouro.

As propostas levantadas serão incorporadas às contribuições recebidas pela plataforma digital do Pacto RS 25 e sistematizadas em um documento final que será apresentado, em dezembro, à Assembleia Legislativa, aos governos estadual e federal e à COP 30, marcada para novembro de 2025.

Assista ao vídeo do Seminário Regional da Região Funcional 8 – Pacto RS 25, realizado em Santa Maria

Quatro eixos para o futuro do RS

• Transição ecológica – Medidas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, incentivo à bioeconomia, à transição energética e à economia circular.
• Sustentabilidade na indústria, no comércio e nos serviços – Modernização e adoção de práticas responsáveis para abrir e manter mercados, com impacto social e ambiental positivo.
• Sustentabilidade na agricultura e na pecuária – Diversificação produtiva, preservação ambiental e adoção de técnicas resilientes a eventos climáticos.
• Desigualdades regionais e sociais – Redução de disparidades territoriais e promoção de justiça social, ambiental e climática.

Participação popular

A sociedade pode contribuir enviando propostas e apoiando iniciativas na plataforma participativa do Pacto RS 25. Para isso, é necessário fazer login com conta gov.br. Após a análise e sistematização das ideias mais apoiadas, haverá uma votação final que definirá quais propostas irão compor o relatório que será apresentado no Seminário Estadual, em novembro.

Etapas da participação:

• Julho a setembro – Criação das propostas na plataforma pela sociedade civil.
• Julho a setembro – Período de apoio às propostas pela sociedade civil.
• Outubro – Sistematização e análise das propostas mais apoiadas pela equipe técnica e pelos GEADs.
• Outubro – Período de votação pela sociedade civil.
• Novembro – Sistematização das propostas aprovadas pela equipe técnica e pelos GEADs.
• Novembro – Apresentação do relatório final no Seminário Estadual.

O encontro reforçou a importância de integrar setores público e privado, universidades e sociedade civil na construção de soluções que conciliem desenvolvimento, inclusão e sustentabilidade. Em Santa Maria, o debate marcou mais um passo rumo a um Rio Grande do Sul mais sustentável e resiliente.

Saiba mais sobre o Pacto RS 25
Encaminhe sua proposta no site: gov.br/pactors25
Instagram: @forumdemocratico.rs
Facebook: Fórum Democrático RS

Secom, com informações do Fórum Democrático/Pacto RS 25