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Notícias São Borja

Audiência Pública debateu a situação da Unipampa, IFFar e Uergs em São Borja

Publicado em Sexta, 14 de Junho de 2019, 20h06 | por Ascom São Borja | Voltar à página anterior

Nesta quinta-feira (13), foi realizada na Câmara de Vereadores de São Borja, audiência pública para tratar sobre os cortes de verbas na educação por parte do governo federal e a situação do IFFar, da Unipampa e da Uergs em São Borja. A audiência pública atendeu requerimento do Vereador Valério Martins Cassafuz (PDT), e foi conduzida pelo Presidente da Câmara Municipal de Vereadores de São Borja, Jefferson Olea Homrich (PTB).

 

Mesa de autoridades

Foto: Mesa de Autoridades da Audiência Pública/Ascom IFFar

Na oportunidade, a Diretora do IFFar-Campus São Borja expôs a comunidade alguns dados relacionados as atividades do Instituto no município como cursos, projetos de ensino, pesquisa e extensão, bem como as consequências no Campus São Borja do bloqueio orçamentário efetivado nas instituições federais de ensino.

De acordo com a Diretora Carla Zappe, no IFFar, o bloqueio realizado pelo governo representa um percentual de 37% a 42% das despesas de custeio dos institutos federais. No Campus São Borja por exemplo, o orçamento previsto para 2019 gira em torno de R$ 2, 2 milhões e o corte pode chegar a 40% desse montante, o que equivale a uma redução financeira na ordem de R$ 878 mil, impactando a continuidade de serviços de infraestrutura principalmente. “Caso não sejam revertidos, comprometerão serviços essenciais ao funcionamento e atividades básicas dos campi, como contratos de limpeza e segurança, que se enquadram nos "gastos discricionários", conceito que, por vezes, recebe dos meios de comunicação uma leitura superficial e distorcida. Esse quadro, se mantido, acarretará prejuízos irreversíveis à formação e profissionalização de estudantes”, declarou a Diretora. 

Neste sentido já foram cortados no IFFar quatro postos de trabalho terceirizados no serviço de atendimento ao público-telefonista e serviço de limpeza. Confirmando-se o bloqueio geral de 30% anunciado pelo governo federal para o segundo semestre, será necessário reajustar novamente a força de trabalho com o desligamento de mais funcionários terceirizados. Conforme a Diretora Carla Zappe, algumas medidas já estão sendo adotadas para adequar as atividades institucionais ao orçamento vigente como reuniões virtuais entre as unidades, suspensão de deslocamentos com viaturas (exceto para atividades imprescindíveis), suspensão da concessão de diárias a servidores, redimensionamento da força de trabalho dos contratos terceirizados, controle do uso de aparelhos de ar condicionado e economia de energia elétrica. No entanto, mesmo com essas medidas de ajuste, se mantido o bloqueio orçamentário, todas as atividades institucionais terão que ser suspensas no início do mês de setembro.

Entre as principais preocupações da direção, está a casa do estudante. Na moradia estudantil há 60 alunos, e por conta do bloqueio de verbas, o espaço está com as manutenções necessárias prejudicadas, já havendo problemas de infiltração e redução dos funcionários de limpeza, quadro que poderá se agravar ainda mais no segundo semestre.

Como resultado da audiência, haverá o encaminhamento de uma moção de repúdio contra a política educacional que tem sido levada a cabo pelo governo federal, enfatizando não só os cortes orçamentários nas universidades e institutos federais, mas também os retrocessos em todas as áreas da educação como o não cumprimento das metas do Plano Nacional da Educação (PNE), o corte de bolsas de pesquisa, a redução orçamentária para programas de formação de professores como o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), o corte nos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) entre outras questões sensíveis da área educacional no país.

O documento será enviado a todas as instâncias da administração pública abrangendo governo federal, estadual e municipal, e será redigido em conjunto pela Câmara de Vereadores, Unipampa, IFFar e Uergs, estando aberto a assinatura de demais órgãos e entidades municipais favoráveis a causa.

Também participaram da audiência e realizaram seus pronunciamentos os vereadores Carmelito Lunardine do Amaral (PT), Celso Andrade Lopes (PDT), Djalma Pires Leal Junior (PDT), Elaine Fátima da Rocha (PDT), Lindolfo Matheus Hardt (PP), Paulo Cesar Ribas Lopes (PDT), Sandra Marques (PP), Valério Martins Cassafuz (PDT) e Jefferson Olea Homrich (PTB). Além da Diretora do IFFar Carla Zappe, tiveram momentos de fala o Diretor da Unipampa Ronaldo Colvero, o Diretor Regional da Uergs, professor Ismael Ramadam e a advogada Ana Carmen Moreira, representando a Secretaria de Educação e a Prefeitura Municipal. 

 

IFFar hoje

Ao todo já são 1476 alunos formados pelo campus, egressos dos cursos técnicos integrados ao ensino médio, proeja, técnico subsequente, cursos superiores, pós-graduação e educação a distância.

Atualmente a instituição têm 985 alunos matriculados e um quadro funcional composto de 120 servidores efetivos, sendo 60 docentes e 55 técnico-administrativos; 12 docentes substitutos; 16 funcionários terceirizados e 7 estagiários.

São 28 projetos de pesquisa em vigência até julho deste ano e mais 13 em execução até 2020, totalizando 41 projetos em 2019. Na área de extensão foram 18 projetos submetidos no início do ano letivo, dentre os quais, destacam-se projetos de intervenção nas escolas municipais com novas propostas de formação dos alunos de ensino fundamental, e projetos de formação continuada de professores da rede pública e privada, atuantes no município.

Assessoria de Comunicação

 

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