Nos dias 15 e 16 do mês de abril foram realizadas as coletas de um trabalho voltado a avaliar a Dieta de crustáceos da família Aeglidae presentes em uma sanga próxima as dependências do Instituto Federal Farroupilha – Campus Júlio de Castilhos. O presente estudo tem como principal objetivo de caracterizar a dieta da Aegla spinipalma realizando uma comparação entre a preferência alimentar de macho e fêmeas.

Os caranguejos do gênero Aegla são endêmicos do Sul da América do Sul e é o único grupo de crustáceos anomuros que habitam a água doce. Atualmente os eglídeos estão sujeitos a um novo tipo de isolamento, causado pela perda de habitat, que restringe cada vez mais as populações naturais destes indivíduos às nascentes, devido a degradação dos ecossistemas naturais. Esses caranguejos são importantes organismos presentes nas relações alimentares dos ecossistemas aquáticos, atuando ora como recurso alimentar e ora como consumidores. Devido a isto é importante conhecer o perfil alimentar desses organismos, uma vez que não existem dados referentes a dieta de A. spinipalma tornando-se importante uma pesquisa destinada a avaliar o padrão alimentar dessa espécie.

Procedimento de coleta e amostragem dos dados

A pesquisa está sendo realizada em dois momentos. O primeiro já foi realizado conforme demonstram as imagens que destinou-se a realização das coletas dos indivíduos. As coletas foram efetuadas em quatro amostragens, durante um ciclo de 24 horas, com intervalos de 6 horas entre cada uma, sendo a primeira coleta realizada às 17h, a segunda 23h, terceira 5h e quarta 11h. Para retirada dos animais da água foi utilizado uma “rede” chamada de súber, levantando as pedras e removendo o substrato, em sentido oposto da correnteza.

Foram amostrados 10 crustáceos (cinco machos e cinco fêmeas) a cada seis horas, totalizando 40 espécimes, ocorrendo já a campo à identificação do sexo dos adultos, através do pleópodos (patas abdominais presentes nas fêmeas). O tamanho dos mesmos foi verificado com paquímetro digital de precisão de 0,01 mm, da ponta do rostro até a linha divisória do cefalotórax com o abdome (comprimento do cefalotórax).

Após as coletas os animais foram acondicionados em sacos plásticos devidamente etiquetados e identificados (data e hora) e posteriormente depositados em caixas de isopor com gelo para paralisar o processo de digestão.

Em um segundo momento, no laboratório de Biologia do IFFarroupilha campus Júlio de Castilhos, os espécimes terão seus estômagos retirados e o conteúdo deste analisado.

Este trabalho é uma proposta da disciplina de Etologia que é ministrada pelo professor Franchesco Della Flora e tem como alunos responsáveis pela condução da pesquisa as acadêmicas do curso de Ciências Biológicas Laura de Aguiar, Josiane Aude e também o professor Jober Vanderlei de Vargas Machado.

• Trabalho de coleta dos crustáceos Trabalho de coleta dos crustáceos
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• crustáceo crustáceo
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